sexta-feira, agosto 11, 2023

horas...

 


horas

são horas...

não de partida, mas de chegada...

uma chegada assim, entre a luz

que encanta a cidade

de um tempo branco

os sonhos habitavam esse tempo

entre silêncios de angustia,

são horas, horas sem sombras

onde o poema se transforma

dentro do papel da memória.

o dia oxida a boca

desliza no corpo

estremece nas saudades do passado.

as cores mal pousam no dia

respiram pelas areias

onde a cidade descansa.

vozes despertam o vento

ressoam gestos violados

a chegada perde-se na rua

mas leva o sorriso do amor


nada se desfez

no dia que cresceu...



helena maltez


1 comentário:

Graça Pires disse...

Horas de chegada. Onde a luz faz esquecer as sombras. Onde a memória se transforma em tempo interior, em saudade do que passou. E as ruas se fazem espaço de um sorriso ou do amor. Belíssimo, minha Amiga Lena.
Tudo de bom.
Um beijo.

rosto...

  rosto em silabas as artérias estão vazias dentro de mim. escuto gritos sucessivos e a sede é abandono em dias inúteis. o tempo é...